Poesia

SANTO DE BOLSO

Bem aventurado sejas,
Ó grande “Cartão de Crédito”!
Que em mãos sempre estejas,
Ó automático débito!

A adesão é o que tu VISA
Do límpido nome ao qual não suja
Cristalina prioriza,
A compra à grana e a “dita cuja”

Livrai-nos da pobreza,
“Santo Cifrão”!
Dê-nos status, nobreza,
Dê-nos condição...

Falta-nos um carro, uma moto
Falta-nos uma bolsa, família, pensão
E além de um “mensalão”,
Também nos falta uma “máquina de foto”...

Perdoa-nos “Santo Mercado”
Se fomos maus consumidores!
Tornaremos aos corredores,
Do empréstimo consignado.

Carlos A B Pimentel Carlos A B Pimentel Autor
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