Tornei-me poeta
Contendo uma dor
De forma incompleta
Não menos repleta,
De mim, fiz ator!
Compus um repente
Dum mero improviso
Num caso veemente,
Que acaba com a gente
E desfaz compromisso
Pintei bela tela
De incerta paixão,
Expus numa cela
A mesma de onde hoje vela
Minha intrépida emoção!
Regi virtuosa orquestra
Na tez de paulatina esperança
A conceder vida extra,
À porta a “chave mestra”,
Onde minha calma descansa
Há um gosto contido!
Uma espera descontente,
Um brado reprimido
Que poderá ser ouvido,
Por um olhar diferente!