Poesia

Desertos caminhos silenciosos

A cidade acorda com seus múltiplos estímulos insones.

Há violência nos quartos de subúrbio, o terror da solidão atrás de cortinas cerradas, amor e ódio, misturados como liquido inflamável,
com memórias servindo de detonador...
Pessoas cegas tentando se entender pelo tato.
A culpa rodeando seus pescoços como águas da inundação cobrem um cisne.
O lixo que faz parte da paisagem escorrendo pelos cantos das ruas das vilas e bairros e é ate contemplado.
As janelas salientes os pequenos jardins portas
parecendo dentes estragados na boca de um mendigo...
Assim se faz a musica das ruas aos meus ouvidos, uma orquestra de tragédia regida pela natureza soterrada, vencida...
Que um dia existiu por aqui...
E espera pacientemente...

Herbert Monteiro Herbert Monteiro Autor
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