Que olhar é esse minha gente?
Que rasga, queima, me despe e me torna criança;
E é nesse passo, nessa dança
Que me perco, me prendo
Me chama, me toca e me sente!
Prazer e dor, serena tempestade: CONSOMEM!
Brilho de verdade e invisível pudor [...]
E eu me encontro, pois há vida nos teus olhos
No entanto inflama meu peito de homem:
É calor, rubor, tumor, dor e já tenho mais função!
E fissura, machuca, tine, dura e perdura!
E também é de paz, é de felicidade
É paixão que renasce, é amor que cura!
E dilaceram-se em plena sinceridade,
Entretanto, que brilha, amarelado, de incerteza
Vendo nosso destino, como prato principal, posto a mesa.