Não tirem o punhal
Que ainda assim o coração bate
Cravado na lâmina, pulsa,
Como nunca antes salta.
Por isso peço não retirem o punhal.
Mas se quiserem realmente
Salvá-lo
Tirem o coração
Deixem o punhal.
Quem sabe assim frio, afiado
Saiba mais viver entre os outros.
Possa agora
Passar reto entre escombros.
Seja apenas mais um
A esperar de cabeça baixa
E olhos fechados.