A cidade Piracuruca sempre teve por artéria principal o rio de mesmo nome do município. O nome Piracuruca vem do tupi e significa “peixe que ronca”; o que para os moradores faz uma homenagem a um de seus peixes da época da povoação: pirarucu (hoje extinto nas águas do rio).
Como a cidade foi fundada no período colonial, não se pode deixar de falar na arquitetura da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, que marca a religiosidade e a fé dos piracuruquenses. Segundo a história local, foram os Irmãos Dantas, portugueses e desbravadores, que iniciaram o início da construção da igreja e ao redor dela se formou a vila de Nossa Senhora do Monte do Carmo da Piracuruca.
Com uma grande diversidade de vegetação (do cerrado à caatinga), nas praças da cidade há árvores antiquíssimas fazendo uma amarração com as velhas e as novas histórias dos moradores num autêntico motivo de se pertencer a uma das cidades do século XIX do Brasil.
Em 2014, numa salutar conversa do potencial de Piracuruca seu maior ícone ainda é o rio. É nas margens de suas águas que se visualiza a razão de fazendas terem surgido enquanto o povoado crescia numa cultura religiosa. Por noites se observa a comunicação entre a vegetação e os animais às margens do rio. Para os pescadores é onde se inicia a lei de relação do piracuruquense com sua cidade.
É nesse contexto que a cidade vai continuar por muitos séculos viva na memória dos filhos da terra. A pretexto de dizer que sou filha de pescador, defendo que sou feliz criando meus filhos aqui.
