Da ultima vez que fui ao boticário  
Ele me receitou todas as drogas possíveis 
Uma pra cada função orgânica 
 
Humano como eu imitando as artes de Gepeto 
Dando-me conselhos de como durar como gente  
Trocando as baterias que me fazem funcional 
Ante a quimera intra-psicótica de minha mente 
 
Vede que mesmo controlado  
Vigiado por esses cabos invisíveis  
Que me ligam a casa de manipulação 
Eu posso partir a qualquer instante! 
 
Fada azul de meus dias primeiros 
Faze-me gente de verdade 
Deixa-me ver o sol como algo novo 
E os dias sem o tédio da mesmice   
 
Casa azul dos meus rompantes 
De estupidez adolescente 
A prova inefável que os sonhos 
Monomaníacos são deletérios 
Para todos que pensam viver aqui