Poesia

DIVINA



Por quatro décadas
Esperou em frente à porta
Do que chamamos de vida
Até o dia que chegaria

Ainda vestida de branco
Rugas acentuavam o tempo
E eu sem definição alguma
Poderia ser qualquer um

Na multidão dos astros
Pensavas tu que
O mais brilhante
Só poderia ser ofuscante eu

Os olhos - o engano
Eu estava chegando
A tua galáxia longe da porta
Minha luz por ti ainda não vista

E com toda pressa
Outro sol
Cansada da espera
Embriagada pelos sonhos
Iludida escolheu

Já próxima à morte descobre o erro
Em orbita definida
Olhas para o céu e me vê
Brilhante a tua espera em meio ao breu

Rey Mendes Rey Mendes Autor
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