A vida me falta ao chão firme 
Das estrelas por onde voei 
No éter espinhoso do pessimismo 
 
Sistemas solares distantes  
Quando calcarei aos pés tuas órbitas? 
Luas de plutão que eu cismo na existência 
 
Da janela do meu quarto 
Infinitos Bósons de Higgs 
Do Big-Bang de minha alma 
Em tons pastel atômicos 
 
Antes de nada e depois de tudo 
Da beira do fim de mim  
Ao núcleo flamejante 
 
Para onde fui no espaço-tempo? 
Que saudade de meu “eu próprio” 
No ralo da singularidade inexistente