Da ultima vez que fui ao boticário
Ele me receitou todas as drogas possíveis
Uma pra cada função orgânica
Humano como eu imitando as artes de Gepeto
Dando-me conselhos de como durar como gente
Trocando as baterias que me fazem funcional
Ante a quimera intra-psicótica de minha mente
Vede que mesmo controlado
Vigiado por esses cabos invisíveis
Que me ligam a casa de manipulação
Eu posso partir a qualquer instante
Fada azul de meus dias primeiros
Faze-me gente de verdade
Deixa-me ver o sol como novidade
E os dias sem o tédio da mesmice
Casa azul dos meus rompantes
De estupidez adolescente
A prova inefável que os sonhos
Monomaníacos são deletérios
Para todos que pensam viver aqui