Poesia

Virando A Lua

Minha força quer sair suavemente em ansiedade
Por nunca encontrar o suficiente nas manhãs claras e sutis
Num penar desperto eu me coloco nesta trilha infinita
E costumava contar as razões e sentidos de tudo que vivi

E quem não carrega tal fardo?
Virando rotina, virando a lua
Quando se paga para sobreviver
Quando o incomodo silencia
Quando não há nada além

Venho mostrando pelos gritos
Que não mais chamam atenção
Que virá em muitas bocas ao dizer que não houve surpresa
Pérfido pensamento que vem quando sento e descanso
Este meu corpo falido

E me carrega num engodo
Estou louca
Tão vergonhoso essa mágoa e desesperança
E eu quero voar o tempo todo
Eu ainda estou, mesmo sem ninguém

Eu acordo nessas manhãs claras e sutis
Mesmo sem entender
Esse horroroso fenecimento
Eu nunca entenderei

Rafaela Oliveira Rafaela Oliveira Autor
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