Poesia

Depois da Bênção

Como de costume tudo se sobressai sobre mim
Pode-se acreditar que é do mínimo valor
Como a cera quente que nada mais serve depois da bênção
E a pedra falsa que envelheceu desde o último natal
Quando se sabe que lá vem o sol, sabe-se que lá vem o choro
Tudo serve. Fora de mim
Eu estou com raiva, e assim eu serei
E o que será feito dos meus versos que valem menos que meu âmago?
Deliro assim cheia de alma
Caio assim nas manhãs escuras seguintes
Do que precisei eu canto
E conto nas palavras e nos dias infinitos

Rafaela Oliveira Rafaela Oliveira Autor
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