Na cama, triste
Em frente, feliz
Contigo sorriste
No seu canto, atriz
Roubaram a inocência
Do olhar desta criança
Quanta maldade na essência
Devasta, deixando-a sem esperança
Quem dera, ah!, pesadelo fosse
Pois, uma hora deveria acabar
Malditos!, querendo dela a posse
Como uma da vida, mulher vulgar
Sem licença pedir
Ceifam-na a alma
Desesperada por partir
Indubitável perder a calma
À procura de refúgio
Perdida andou
Até que num suspiro último
No amor encontrou
Alegria nas coisas mais singelas
Eram já para ela improvisada terapia
Sufocada pelas do mundo e próprias mazelas
Mataria-se sem sequer o riso de cada dia