Poesia

Redição de Ana

Redição de Ana

Na cama, triste
Em frente, feliz
Contigo sorriste
No seu canto, atriz

Roubaram a inocência
Do olhar desta criança
Quanta maldade na essência
Devasta, deixando-a sem esperança

Quem dera, ah!, pesadelo fosse
Pois, uma hora deveria acabar
Malditos!, querendo dela a posse
Como uma da vida, mulher vulgar

Sem licença pedir
Ceifam-na a alma
Desesperada por partir
Indubitável perder a calma

À procura de refúgio
Perdida andou
Até que num suspiro último
No amor encontrou

Alegria nas coisas mais singelas
Eram já para ela improvisada terapia
Sufocada pelas do mundo e próprias mazelas
Mataria-se sem sequer o riso de cada dia

Juliana Santos Juliana Santos Autor
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