Eu sou filho da chapada
Da Serra das Confusões
Da capital do Sol
Dos longínquos sertões.
Eu sou filho do Jenipapo
E a minha pegada é forte
A minha arma é um cacete
Pois sou filho do norte.
O meu cavalo é de vento
O meu berrante é o gogó
O meu gado são as palavras
Que vão marcando o pó.
E vão trilhando caminho
Nas veredas do destino
No fado concretizado
Do sonho de menino.
Eu sou filho do Pequizeiro
Da Serra dos Matões
Da terra dos coronéis
Dos longínquos sertões.
Pedro Barros.