Meu coração é um lúgubre convento:
Dentro dele, a rezar noites inteiras, 
As minhas ilusões — tristonhas freiras 
Vivem presas de estranho desalento...
E ouvindo, às vezes, queixas agourentas, 
E ameaças de morte e sofrimento,
Soluçando, no escuro isolamento, 
Falam de amor as pobres prisioneiras...
No entanto outrora, alegre, iluminado, 
Como a igreja formosa em que se canta 
A missa azul da crença e do conforto... 
Meu coração foi céu alcandorado, 
Onde imperava, ingenuamente santa, 
A Forma viva do meu Sonho morto!