Ó mocidade! – Borboleta louca
Que o casulo deixaste pressurosa,
Olha que o vento as asas te destouca,
Adeja menos, borboleta ansiosa.
Temo que as tuas límpidas antenas,
Que o teu corpo fragílimo, subindo,
Um dia venha se cobrir das penas...
E se temo é porque – pálido monge
Sob a cúpula azul do céu aberto
Olho, e te vejo já de mim tão longe,
Tu, que eu julgava de mim tão perto.
Volta! Vem descansar sobre as alfombras
Desta alma, que sorrir já não se atreve...
Olha que o prado vai se encher de sombras
E a terra toda se cobrir de neve.