Caveira!  Tu conténs a Síntese do Mundo!  
Trazes dentro de ti o impalpável Mistério. 
És o louro mudado em tinhorão funéreo, 
És o Azul transformado em báratro profundo!
Destronados Satãs de olhar meditabundo,
Andam dentro de ti como num cemitério,
E os Faustos doutorais, de aspecto mudo e sério,
Descem do informe Caos ao tenebroso fundo.
Cabalístico signo exótico do Nada,
Sofres, e a tua Dor, Caveira, é sufocada, 
Gemes, e o teu gemido esvai-se em Ironia...
Resta-te agora só, depois de tantas glórias,
A lembrança cruel das passadas vitórias
E essa amarga expressão de funda nostalgia!