Cabra da peste
Que gosta de deitar
Numa rede de tucum
Pra poder se balançar
Na sombra do Juazeiro
Onde Luiz ia tocar
O canto do três pote
Vem anunciar
Que a barra do dia
Já começa a clarear
Pega a chaleira
Bota água pra ferver
Toma um cafezinho
Antes do dia amanhecer
Ele fica contente
Com o ronco do trovão
Junto com a chuva
Que chega no sertão
Se for um bom inverno
Vai ter muita fartura
Milho verde, feijão, cana e rapadura
O fole toca ligeiro
O povo canta e diz
Vamos mostrar ao mundo
Como é simples
Ser feliz