O fim estava batendo-me a porta
Despedi-me de tudo e todos
Amei com todas minhas forças
Odiei também, quem um dia me amou
Hoje me entrego pela última vez
À minhas fragilidades
Minha sincera despedida
Deixou minha mente em ruinas
Que não mais detém a força de antigamente
E vivo uma doença, vivo talvez...
Entre vida e morte
Vivo e desvivo, minha loucura
Posso provar a qualquer momento
Que não serei o último a partir
Mas porque diabos não me convêm?!
Em meio a todos que riem
Que talvez não me levem a sério
Deixarei, a eles, um dia, em minha lápide
Meu cordial abraço eterno
E as desgraças de um poeta desconhecido
Ficarão imortalizadas num túmulo escuro
Coberto por um manto preto
Ezequiel Lima