Tragédia no Sertão
È amanhecer do século XXI,
com asas do gavião rei
esquiei pelas silhuetas
do sertão.
Com olhos de águia
vi árvores nuas.
Vi o sol consumindo
a terra.
Vi “carneiros” frágeis
caindo pelo caminho.
Vi os “cães” saciando-se
em banquetes e ficavam
ainda mais fortes.
Vi que a desgraça
de uns era o deleite
de outros.
Vi que a seca
trazia a fome, que a fome
trazia fraqueza
e a fraqueza era a porta
de entrada da morte.
Quando a morte vai embora,
entro em êxtase com o
rebento da vida.