E era uma vez uma história infeliz.
Do início ela já alçava ao fim,
e sem rebobinar, se repetia assim...
Um jovem garoto que sentia amor,
mas como Quixote e o moinho,
padecia em torpor.
O centelho no peito,
se abria e doava,
um amar infinito
devolvido em farpadas.
Mas ele não desistia,
e traçava esperança,
que com dedicar e carinho,
lhe traria a bonança.
Então fez o amor se clamar,
e como um medievo herege,
viu a certeza que sente
na fogueira apagar.
A fogueira da ingratidão:
Queimava-lhe os sonhos.
Mas ele logo levantou
para uma Idade Moderna,
e desbravando os mares,
descobriu novas terras.
E lá jazia seu grande amor
que colonizou seu coração,
e da tristeza o arremessou
em uma desmedida paixão.
Era Alexandre...
conquistara o impossível.
Teria um final feliz...
Só teria...
Sua Ilíada continuava.
Só viria o final,
e o feliz desta frase,
nem deixara sinal.
Seu anjo redentor
voltaria aos céus,
e deixaria saudades
e uma dor feito fel.
E se antes era Alexandre O grande,
agora era um ser diminuto,
que prometera amar nunca mais.
E que assim...
viveu infeliz para sempre.