Que bom tempo a memória me traz do colégio,
dos amigos, da alegria de viver,
da falta de futuro.
Todos iguais, com gostos convergentes,
muitas disputas, quase sem lideranças.
Primeiro amor, mesada, poucas tarefas em casa, comida e roupa lavada.
Política de ouvir falar,
esperando o final do horário gratuito.
Mas um dia, no dia a dia, amigos ficam distantes, cobranças tornam-se reinantes.
Novas vidas adentram na de cada um,
desviando caminhos, antes paralelos.
É a tal idade adulta,
matando a infância e a adolescência.
São desencantos, que transformam carruagens
em abóboras e cavalos em simples roedores.
Obra registrada no EDA.