A ESPERANÇA
O meu destino será sofrer
Por mulheres e os seus pseudos-amores
Que comigo não tem nada a ver
Só ficam os espinhos e se vão às flores
Tantas vezes já quebrei a cara
Quantas vezes estive na sarjeta
Chorei mares em minha casa
Tomei remédios tarja preta
Meu coração foi encontrado num terreno baldio
Já dormiu nas ruas passou fome e frio
O meu amor foi jogado na lata de lixo
Abandonado e esquecido feito bicho
Perdi as contas de quantas vezes cai e levantei
Por que a cada nova paixão eu ressuscito
E não me importo se da vida eu apanhei
Pois o amor é nele em que eu acredito
A esperança e a vontade me deixam vivo
Eu sei que no livro da vida esta escrito
Que algum dia receberei das mãos do divino
O presente mais bonito
O tão sonhado amor infinito