Poesia

Dores

Dor de dente acaba com a noite, dor de cabeça com qualquer paz; Pra dor de dente tomamos nimesulida, pra dor de cabeça uma dipirona. Todavia, existe dores que veem e não há remédio que cure, não há remédio que sare. Quiçá não tenha criado um merthiolate que acabe com as dores da alma; Ou não tenha aprendido que viemos pra sorrir e chorar. Talvez o problema seja com os meus sentimentos. Enfim, nada entendo, nada compreendo...
Vivo numa sucessão de dias a procura de um remédio que acabe com essa dor: Que oprime e amordaça.
Dor de dente há quem cure.
Dor de sentimentos quem procure!

Marcos Vieira Marcos Vieira Autor
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