Poesia

Almas Em Deglade

Quando o amor se acabou entre nós dois?
Onde ficou a eternidade prometida?
A quem culparemos por tudo depois,
Já que não encontramos outra saída?

Como não notamos tanta diferença,
A ponto de levar tão longe este amor?
Talvez tivéssemos com muita carencia;
Talvez quiséssemos enterrar uma dor;

Mas agora cabou; e estamos mortos!
Sem arrependimentos e sem perdão;
Sem alarde e sem dizer adeus sequer;
Apenas com uma pedra em cada mão
E um tanto de ódio na lembrança até...

Mas agora cabou; e estamos mortos!
E não mais o céu se abrirá para nós!
Nem mais o vento nos soprará o rosto!
Nem mais é preciso estar de novo a sós
Apenas na língua um amargo desgosto.

E estamos nós mortalmente feridos;
E estamos eternamente magoados!
E o resto que me ficou está perdido;
Esvaido por um coração quebrado...

Ficamos nós em nós como lembranças...
Com este ódio a apunhalar nossas almas.
Com este frio a delir as esperanças....
Com este medo a expor nossos traumas!

Mas agora cabou; e estamos mortos!
Sem arrependimentos e sem perdão;
Sem alarde e sem dizer adeus sequer;
Apenas com uma pedra em cada mão
E um tanto de ódio na lembrança até...

Mas agora cabou; e estamos mortos!
E não mais o céu se abrirá para nós!
Nem mais o vento nos soprará o rosto!
Nem mais é preciso estar de novo a sós
Apenas na língua um amargo desgosto.

"O túmulo fornecará muito tempo para o silêncio."
Mas corações silenciados não mais baterão igual.

Franz Venn Nietzsche Franz Venn Nietzsche Autor
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