Como se pode amar o anormal,
E fazer do diferente o igual?
Como se pode querer o errado,
E não entender o que é pecado?
Como se pode odiar o destino,
Porém desejá-lo, em desatino?
Como se pode sonhar com um amor,
E acordar sempre com a mesma dor?
Como se pode ir contra a natureza,
E ver no igual a mesma beleza?
Como se pode lutar pelo vão?
Como se pode enganar a si mesmo,
Quando se quer fugir, viver a esmo?
Como se pode ferir o coração?