I
Um vento gris te trouxe na lembrança!
Enquanto um vazio percorria meu ser,
Varrendo toda minha temperança...
E me levando de volta a você...
Pena que não há uma segunda vez
Para este canalha sem coração;
Tudo que vivemos já se desfez,
Nada mais me vale perdir perdão.
Somente resta estes singelos versos
Que te dedico do fundo do peito...
Junto a este pesar em mim quase adverso;
De nada me valem tardias desculpas
Porque não surtem mais o mesmo efeito,
Pois não há defezas pelo que me culpas
II
Fique em paz, longe de meus olhos vis;
Que não te fui mais que prantos e dores!
Tu não merecias todo mal que te fiz.
Nem precisava eu pisar em tuas flores...
Segue tua estrada longe de meus passos;
Que meu caminho é um tanto irresoluto...
E nunca mais me apeteça em teus braços;
E em nossa história ponha um eterno luto;
E não mais construa castelos no céu;
E não mais peça que pra sempre dure;
Pois tudo findou com gosto de fel...
Peço de certo que um dia me perdoes,
E se lembrar de mim, não me perjures,
Que esta vida não era para nós dois.