Poesia

Desmachar-se

Desmachar-se

Do celeste azul
ao carmesim sanguinário.
Do mais completo branco
ao terror da escuridão,
tudo sumia e enebriava-me.
Como milhares de almas
sugadas às chamas.
Como o suplício de uma vida
que não encontra redenção.
Partícula por partícula,
desintegra-se o concreto,
como se em nada houvesse sentido,
e o abstrato só mais indaga,
até restar apenas...
Indecisões.
Crises existenciais,
Frustrações,
Tristezas,
Noites insones,
Saudades...
À meia noite, demônios me sussurram aos ouvidos,
me dão sorrisos irônicos.
Não existem simplismos.
Tudo é inquietude,
tudo é trevas.

Raphael Rodrigues Raphael Rodrigues Autor
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