Dói e não sei por que e o que é
Ouso chamar de amor
Ou quem sabe uma fantasia
Que criei numa noite vadia de carnaval
Vê: Não consigo diferençar minhas mentiras dos meus analgésicos
Já não existe escrúpulos, pudor ou moral
Estou me afogando num roseiral
Sem noção, sentido ou direção
Sou só alma e coração
A loucura está à flor da pele
E eu não sei o que são pétalas vermelhas e o que é parte da minha hemorragia
Eu tenho uma espécie de medo: medo desse negócio de amor doer demais
Pior: disso nem existir mais
Cativei uma ilusão e agora sou cativo
Eu incendeio, ensandeço, agonizo...
Eu me curvo, Eu padeço... Eu aceito o açoite
Pois quando cai a noite e me debruço a seus pés e depois desperto em seus braços
Ainda que não me queira e que finja o orgasmo
Que me use como fantoche, molambo, ou palhaço
Eu perdôo o meu sofrimento
Calo a razão e escuto o coração, porque cansei... cansei de dizer NÃO
E aprendi:
Que o amor só não é farsa, quando é fossa!