Amar é ouvir a música do coração,
Sentir liberdade como o brotar da flor,
Não há vitórias sem tropeços na paixão,
Assim como o criar sem prantos desse autor.
O ódio que suplica esta doce solidão,
Penso que permeia meu pensamento em vão,
Sinto-me triste, mas caminho com amor,
Pânico e derrota, retiro-os com louvor.
Ódio e amor são o todo daquele que chorou,
São ondas e mar quando distintos pelo olhar,
Realidades da ilusão de quem sonhou.
Vivo o presente e atento para dadivar,
Canto o absoluto e nego o apego que nasceu,
Amor e ódio, faces de um todo similar.