Poesia

Visão Fantástica

Diante da lamparina nessa noite,
vejo o rosto da donzela de outrora,
triste, alva e adoentada jaz ela,
ajoelhada na frente do altar.

Seu vestido é de cor púrpura,
comprido e cheio de pedras brilhantes.
Seus cabelos são negros e lisos,
suas mãos estão trêmulas agora.

A virgem parece agonizar...
Seria de amor Byron? Seria de amor?
Tu que escreveu versos tão bonitos,
frases tão portadoras do amar.

Vejo brotar uma luz de seus olhos,
um vento sacode as cortinas da janela,
pode-se então ver a escuridão lá fora,
um clima de mistério ecoa no ambiente.

A donzela ergue as mãos magras,
como se para pedir ajuda,
fico sem saber o que fazer diante da visão,
amando assim, não sei mais o grau de minha razão.

Amor,
aparece pra me amar, ou some pra me matar,
mas acaba com esse delírio torturante,
pois eu sinto o teu sofrer, o teu desespero,
amando, sofrendo e chorando.

Werton, 08 - 06 - 2010

Werton Fonseca Werton Fonseca Autor
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