Poesia

CONFINAMENTO.

De um ano findo até as poucas horas deste,
confino-me em apreensões preguiçosas
e divagadas sobre a vida; até aqui,
como se, de tudo, dependesse tudo.

Nem importam mais as noites em claro,
as bebedeiras cegas e os guardiões
sem preparo desse mundo...
Que vontades de mudar, então?

Não resta aos santos pedir mais luzes,
não iluminam sequer prazeres porvir.
Não ouço, agora, vozes entoadas de crianças,
não sinto mais aquela inocência sem devir;

não faço mais perguntas, nem planejo respostas
satisfeitas de si. Não te penso mais aqui...
É bem mais fácil ligar. Vou ao teu encontro futuro
esperado de respostas vivas, que não sabem falar.




03 Jan. 2013.

Luis S Do Nascimento Luis S Do Nascimento Autor
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