Hadassa
Tu és a “Estrela”
do céu do equador.
Quando Clístenes
instituiu a democracia,
tinha convicção de que
serias o antídoto contra o tédio
na casa onde são feitas as leis.
As curvas de concreto de
Niemeyer foram inspiradas em ti,
quando ele fez o “designer”
da Praça dos Três Poderes,
pensou no chão que irias pisar.
Tens o andar de um felino,
tens o corpo esbelto de uma gazela,
tens o olhar da lua,
o teu hálito deu essência
à hortelã,
a tua saliva é néctar
que alimenta o colibri.
Deus inspirou-se
no teu sorriso e fez
o desabrochar das pétalas.
Deus sorveu o teu cheiro
e soprou sobre as árvores
e perfumou as flores.
Com o resto do branco dos teus dentes,
Deus pintou a neve.
Meus braços é teu súdito,
meus pensamentos é
escravo da tua existência.
Caminha fala de
uma terra exuberante
e exótica, eu digo-vos:
Tu és a própria “América”.
Meus olhos
te procuraram no terceiro céu,
vaguearam pelas profundezas do mar.