Em meio a brancos e negros rabiscos,
Escrevo mestiços poemas.
Que trocam cafuzas cabeças.
E misturam corações lusos e afros.
Que não rejeitam o roxo,
O amarelo, o lilás, nem os olhos
Negros da mulata.
E se fixam em uma aquarela continental,
Onde as letras se confundem,
Com cores, e cheiros, e falas, e rostos
Que riem com as rimas e choram com os dramas.
Onde a caneta rotula em cada testa
Seis letras e um brado:
Brasil!