Poesia

Nesta Tarde Sonolenta do Sertão

Na varanda
deito-me na rede
Sobre as patas
o vira-lata põe sua cabeça
Galinhas ciscam no terreiro

A fogo-apagou
no compasso
do meu pensamento
marca o momento

Na íris dos meus olhos
curto a preguiça

Nenhuma pressa
nesta tarde sonolenta
do sertão

Só o rio
invade a cidade
Retoma
o que lhe pertencia

As imobiliárias
saem da reta
Fica o abacaxi
para quem não sabia...

(Hélio Soares Pereira. In: Eterna Primavera)
São Raimundo Nonato, PI

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