Mova-se dentro de mim ó amor,
onde habita tua morada crucial.
É lindo notar como me anulo,
nessa doce mania sem igual.
Alia-te a ti mesmo na doçura,
prefiro estar preso sem saudade.
Antídoto és tu nessa loucura,
és resposta na procura da verdade.
Veneno da ausência do encanto,
pupilas que me olham ao brilhar.
No momento sempre vem esse quebranto,
e teus olhos se propõem a me curar.
Quando deito-me ao padecer,
na perda total da esperança.
Tuas carícias me despertam,
provocando essas mudanças.
Ó amor, á paixão , ó meu prazer,
tu és a minha benção, és a vacina.
Se um dia de repente eu morrer,
me beija, vou partir na tua sina.
No lance do findar dessa vida,
quando o vigor juvenil acabar.
Toca-me com amor nessa lida,
desse modo eu irei despertar.