Ah, a paz!
Nunca te digas incapaz
De decifrar seu mistério
A paz dos homens eternos
Dos cemitérios, jamais
Dos que fugiram do inferno
E renascem todos os dias.
Pega a tua lua e faz!
Ah, a paz!
Vai procurá-la no cais
Que amansa o mar das tormentas
Lá onde a onda arrebenta
Mas nunca o navio ali jaz
O mar apenas descansa
Atrás de uma brisa serena
Que avança e que se desfaz
Ah, a paz!
Mesmo que seja fugaz
Só no final de setembro
Mesmo assim será pra sempre
Como todos os finais
Mesmo que fuja em dezembro
A paz que alcanço e me lembro
Tem a chama dos mortais