As flores choram na poeira do concreto
Sob um rosário de antigas lamentações
E tormentos de calcinados ossos de homem;
Um coração verde suspira machucado
Cultivando suas sensíveis artérias
Nas últimas vísceras da pedra cozida;
Frágil resistência da armadura ante dura vida
Contra o negrume que sufoca e queima a terra
Para derradeiras corridas de despedida;
Mas o último deus sol no Olimpo ainda em festa
Anuncia ressureição em todas as manhãs
Com novas moleiras em antigas soleiras;
E meu "Eu" poeta teimoso manobra a pena
Com a sobra do óleo na tela da insanidade
Dos dementes mentores de mentes duras;
Nossa triste sina que assim nos ensina nossa falta de canduras!