Amar é ter o coração em delírio
Gozando alguns instantes de prazer
E as vezes nos faz atroz martírio
Se amamos alguém sem merecer
Quem ama sorrir, brinca e gargalha
Quando o coração de dor amortalha
O peito inquieto sem destino
Capaz de cometer um desatino
Mas sendo um amor puro e constante
O desditoso suporta sem queixume
Tornando-se cada dia mais amante
E busca com o seu olhar insolente
Divisar ao menos, um facho de lume
No coração de quem o fez errante