Sou viciado, não nego!
Entre veredas
E tocas de engano...
Carrego nas entranhas empoeiradas
A droga da sina dos poetas:
Aspirar sobras do desatino!
Com elas transpiro palavras desviadas
Nos transes dos sem destino.
Sou traficante, assumo!
Entre os sumos das sobras da natureza
Construo meu templo e minhas veredas
Para um laboratório de palavras:
Reduto de viciados e nefelibatas!