Talvez porque zombei muito da sorte
Ela me queira agora castigar
Fazendo-me entender que até a morte
É arte sua e o jeito é acreditar
Bradei com muito ímpeto e com transporte
Afirmei ser crendice popular
Ou mania em dizerem: ''Tudo é sorte''
O bem ou mal que a não venha chegar
Zombei da sorte hoje por maldade
Ou talvez com razão ela me quis
Calcar com fereza e com impiedade
E submisso eu vejo na verdade
O poder deste ser que assim me diz
Quem me descrer não pode ser feliz