Não rejeito a “ecclesia cathedralis”
Mas só comungo a hóstia redentora
Na penitência dos meus quintais;
Ao homem, percursos acidentais!
A minha cruz dos condenados
Nunca ofertarei a ninguém,
Não crucifico os crucificados;
Ao destino, ventos dobrados!
Sou do baixo-clero e do hilário;
Nunca quis anáguas de seda
Nem guardo toga no armário;
Às conquistas, o lado contrário!
Sou indecente aos seus olhos
Porque sou palavra nua saltitante
Sob a chuva e sem agasalhos;
Às decepções, outros assoalhos!
Sou carne sobre barro, serei pó!
Sou porta que teima fechar tarde
Para desatar o meu último nó;
Ao recomeço, nova vida sem dó!
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Se tu tens pecados a pagar
E temes um Deus raivoso,
Não reze no meu altar;
Aqui, teu Deus nunca estará...!