O amor é nostálgico e se fortalece em desenterrar os ossos. O amor tende a ser lembrança do amor. Melhor seria se fosse presságio do amor. (Fabrício Carpinejar)
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Faça seu último presságio, moça!
E cobre-me o ágio dessa passagem
Rumo às nossas rugas intempéries.
Remeta-me em (re)volta aos primeiros sonhos
Quando ainda meus brilhos mundanos
Despertavam-me entre canteiros insanos.
Não chores de ansiedade ao meu relato
Hoje, a nossa pacata vida apenas anseia
Amenizar o tufão da nossa ufana mocidade.
Eu não pagarei ao óbito desse nosso amor
Pois sei que o fim é sempre o início gratuito
Aos que teimam em reiniciar com a dor.
Sim! Entre os ossos dos meus remorsos
Reviverei minhas mágoas sem alvoroço
E brindarei ao fim e ao nosso recomeço.