“...o futuro foi-se tornando mais sombrio. A cidade, o mundo, surgiram como negro cul-de-sae, lugar onde (...) teria que caminhar indefinidamente...” (William Faulkner, In Santuário – pág. 73)
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Sozinho...
Este taciturno silencioso peregrinar
Caleja-me a alma – Dor e calma!
Remoendo entremeios na vida calcinados
Removo lágrimas dos tumefatos de minhas dores.
Culpas tuas...
Por não quereres conhecer o desejo febril
Das águas do meu jardim – Dor e jasmim!
Agueiro passageiro em tenaz braseiro
No tesão da manhã em busca sem fim.
Minhas omissões...
Em fuga das flores mal regadas
No cortejo das falsas ilusões – Dor e paixões!
Santuário do glamour da minha meia idade
Relembrando conquistas da refulgente mocidade.
Pesares meus...
Às iludidas flores que não se resolvem cair
Dos galhos dos falos de falsos gozos – Dor e consolo!
Sobreviventes das ferrugens das maquiagens
Revolutando contra o amor que, por certo, há de vir.
Sozinho...
Sigo neste indefinido silencioso caminhar!