já é tempo de acalmar a alma
neste estio da minha peregrinação
uma tarde é calma nesse mundo hostil
outros peregrinos descansam passos
e o compasso da vida pede um tempo
para uma sessão de contentamento
nas poltronas de pedras desalinhadas
olhos cansados assistem ultimas telas
nos montes nús de nuvens descarregadas
transeuntes apressados e mais cansados
zombam do descanso dos persistentes versos
insistentes na busca da última calmaria
Mas um outro incansável poeta me diz
que ainda é tempo de acordar a calma
e deixar a alma sonhar mais um dia