“...existem ardis que de tão finos liquidam-se a si mesmos...’ (Franz Kafka, In A construção)
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Pelos caminhos do teu corpo efêmero
Vegeto e fujo-me á tua realidade
Com chave, sem olhar....!
E na crueza dessa macia demora
Demoro-me na dura hora vil
Da tua maquiagem enganosa.
Pelos caminhos da tua alma perene
Vivo e prendo-me á tua fatalidade
Sem chave, com olhar...!
E na maciez dessa crua espera
Espero-me na tua realidade ardil
Pelo suicidio dos meus próprios devaneios.
Assim, entre corpo e alma,
Rumo ao crepúsculo da alma para anoitecer.