“Cortinas no grande palco ainda fechadas. Murmúrios, gargalhadas, rufares surdos de tambores. Atores no instante anterior a perfomatizar a tragédia da existência humana..." (Prelúdio aos perdidos)
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É hora dos rufares;
A Inês é morta
E a palavra vã
Fere a sanidade
Da intelectualidade... sã!
Se a vista é panorâmica
De que vale o elevador
Da morosidade à minha porta?
É a hora dos cantares;
A palavra é morta
E a mulher sã
Cura a intelectualidade
Da sanidade... vã!
Se o amor é panorâmico
De que vale a vista cansada
Na sexualidade torta?
É a hora dos pesares;
A palavra é torta
E a intelectualidade sã
Fere outra Inês morta
Com sua palavra... vã!
Se panorâmica é a vida
De que vale o calvário
Da demora à minha porta?
É hora do rufo dos teus ares....