Poesia

Recortes do passado

Recorte antigas páginas de jornal. Faça um girassol com as fotos amareladas do teu passado. Quem sabe, em um lado qualquer guardado, não venha a encontrar teu último semblante amargo, querendo novamente ao sol sorrir.

Muitos acordam, já tardiamente, ao amanhecer dos milagres dos bisturis; tentando ressuscitar a alma sempre afoita – e solta. Não! Caminhos fugitivos que enobrecem carnes, resguardam rancores, escondem dores... Amargam a triste sina dos que acordam sem ver o sol nascer. Não! Não te enganes com antigos fatos e fotos esmaecidas gravadas em preto e branco – apenas o passado fugitivo na realidade de cada manhã.

Veja! O antigo sorriso largo está cada vez mais calado diante da flacidez do presente nunca esperado. Atemporal é a lição das flores murchas que não se deixam levar pelo opúsculo de luz dos instantes de brilhos passageiros – se resguardam, esperando o momento de girar sobre suas próprias dores em busca de um viver mais intenso e verdadeiro. Já não mais vivemos como as flores, já não mais olhamos os céus nas nossas dores... Preferimos os espelhos que só refletem os instantes dos nossos vis clamores: “Espelho, espelho meu....!”

Atente! A carruagem em ouro carrega o peso efêmero da hipocrisia da glória – distante dos girassóis, a glória se torna apenas o passageiro do instante imprescindível e sustentável à estabilidade do convívio social; crença em um momento onírico que nunca se finda. É a triste sina em riste, fadada à dobra de futuros joelhos cansados diante do medo atávico do fim.

Não se desespere! Liberte-se do peso das maquiagens vãs. Não és o núcleo efêmero de instantes presumíveis ao ostracismo... És apenas o passageiro - sem guia, mal amado - querendo carregar no dorso o peso do instante fútil em um mundo cada vez mais repleto de fugacidade.

Acredite: tua natureza humana é imutável; o vazio deixado pelos teus instantes de gozos passageiros é a porta de entrada para tua libertação.

Em cada manha, um girassol nasce por ti!

Recorte antigas páginas de jornal. Faça um girassol com as fotos amareladas do teu passado. Quem sabe, em um lado qualquer guardado, não venha a encontrar teu último semblante amargo, querendo novamente ao sol sorrir.

Muitos acordam tardiamente. Ao amanhecer dos milagres do bisturi, tentam ressuscitar o invólucro da alma afoita – e solta. Não! Caminhos fugitivos que enobrecem carnes, resguardam rancores, escondem dores... Amargam a triste sina dos que acordam sem ver o sol nascer. Não! Não te enganes com antigos fatos e fotos esmaecidas gravadas em preto e branco – apenas o passado fugitivo na realidade de cada manhã.

Veja! O antigo sorriso largo está cada vez mais calado diante da flacidez do presente nunca esperado. Atemporal é a lição das flores murchas que não se deixam levar pelo opúsculo de luz dos instantes de brilhos passageiros – se resguardam, esperando o momento de girar sobre suas próprias dores em busca de um viver mais intenso e verdadeiro. Já não mais vivemos como as flores, já não mais olhamos os céus nas nossas dores... Preferimos os espelhos que só refletem os instantes dos nossos vis clamores: “Espelho, espelho meu....!”

Atente! A carruagem em ouro carrega o peso efêmero da hipocrisia da glória – distante dos girassóis, a glória se torna apenas o passageiro do instante imprescindível e sustentável à estabilidade do convívio social; crença em um momento onírico que nunca se finda. É a triste sina em riste, fadada à dobra de futuros joelhos cansados diante do medo atávico do fim.

Não se desespere! Liberte-se do peso das maquiagens vãs. Não és o núcleo efêmero de instantes presumíveis ao ostracismo... És apenas o passageiro - sem guia, mal amado - querendo carregar no dorso o peso do instante fútil em um mundo cada vez mais repleto de fugacidade.

Acredite: tua natureza humana é imutável; o vazio deixado pelos teus instantes de gozos passageiros é a porta de entrada para tua libertação.

Em cada manha, um girassol nasce por ti!

Kal Angelus Kal Angelus Autor
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