Confesso que arde
Arde a aflição
Consome o espírito
E corroí a esperança
Esperança de se findar esta dor
Multiplicam-se as adversidades
Aumentam-se em número meus inimigos
Tornam-se cada vez mais fortes
E a cada dia mais uma lagrima flui pra o oceano
Alegram-se da minha dor
Festejam sobre minha derrota
Parece que esperança mais não há
E que tudo continua a piorar
Mas bem sei que Nele confiarei
Por mais que minha terra se torne estéril
E minhas lágrimas tornem-se sangue
Bem sei que jamais estarei desamparado
Não sei o propósito disso
Nem o porquê daquilo
Só sei que tudo passa
Até mesmo a dor
Mas os que Nele confiam
Verão o emergir da vitória
Guie-me, Senhor.
Pois minha garganta está seca
Sedenta de justiça
E minhas lágrimas clamam
Grandioso és Tu, meu Rei.
Navegando vou
Navegando estou
Guie-me, Senhor.
