Poesia

Chuva


Acabou a ventania
Cadê a chuva que vinha?
Parou, foi almoçar
Na minha terra tem comida
E as pessoas passam fome
A chuva tem simplicidade
São governantes que roubam
Processos nas costas e roubam
Como roubam os políticos
Meu, nosso dinheiro
Dinheiro que foi publico um dia

Na minha terra tem comida
E as pessoas passam sede
Cadê a chuva que vinha?
Vem matar a fome
Ter seu momento mágico
Vem matar a sede das pessoas
Que rezam por uma gota do céu

Vem matar a sede
Molhar as plantas, as coisas
Liberta-me da tristeza

Vem chuva, o meu guarda-chuva
Ficou velho, só consegue
Ficar na parede e depende
Do torno, e não guarda-chuva.

Então, vem matar a fome
Fazer seu nome, nem que seja matando a sede.

Netão Ribeiro Netão Ribeiro Autor
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